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Eu, Lástima

Rastos de opiniões, histórias e desabafos de uma lástima ambulante.

Eu, Lástima

Rastos de opiniões, histórias e desabafos de uma lástima ambulante.

A volta à escrita em 365 dias

30.06.21, Lástima

Parabéns! A mim, a ti, a nós, a quem sobreviveu até à quinquagésima segunda semana consecutiva de textos no meu cantinho. Num ano tão atípico quanto 2020, nasceu este feto. Se o blog fosse um bebé, era agora que começava a falar (mais ou menos; na verdade não sei, mas pareceu-me a analogia mais adequada). E hoje, dando a sua primeira volta ao sol, achei giro inventariar as principais conclusões que tirei neste ano de vida.

1 ano de lástima.jpg

TER IDEIAS DÁ TRABALHO

Ser idiota não é fácil. Especialmente durante 52 semanas (mais coisa, menos coisa). Como partilhei contigo, sofro com algumas - bastantes, já que estou numa de ser sincera - flutuações de criatividade, que me impedem de ter a performance que gostaria de ter na minha escrita diária. Este fator, aliado ao facto de sentir que a atual conjuntura não me deixa viver as histórias lastimosas que gostaria de te contar, é a receita perfeita para eu entrar em parafuso. 

Depois, encontro-me em cenários completamente paradoxais: ora consigo escrever sobre 7 temas diferentes em dias, com todo o excitex e mais algum, como passo por períodos de seca, qual deserto do Saara. 

COMENTAR NÃO É 'BEEFAR'

Vou entrar na conclusão mais polémica que tirei com o curto tempo de vida do blog. Visto que me debrucei sobre diversos temas nos últimos meses, faz todo o sentido encontrar quem discorde dos meus pontos de vista, me dê outras perspetivas e ponha a minha massa cinzenta a trabalhar. E eu acho isso fascinante. Gosto da liberdade de expressão e que possamos discutir diferentes formas de pensar. Porém, a troca de opiniões, ainda que discordantes, só dá bons frutos quando feita com simpatia. (Uau, eu sei. Fui mega revolucionária neste parágrafo)

Nunca pensei que isto fosse acontecer, confesso, mas tive o meu primeiro 'hater'. O que validou por completo esta minha tentativa de ser blogger. Apesar de 'hater' ser um termo forte, tenho consciência do seu peso e sinto que estou a utilizar a terminologia certa. Porque uma coisa é não gostar de mim. Outra é não gostar do meu conteúdo. E estas duas são validíssimas conclusões. Mas perseguir-me durante um mês e qualquer coisa a ofender-me nos comentários e citar-me fora de contexto qual revista cor-de-rosa já roça o desrespeito. 

Este não é um espaço para ódio. Aqui, quero que nos divirtamos, troquemos observações, brinquemos, partilhemos histórias. Por isso, comentários que encaixem na descrição anterior não terão resposta. Também não serão apagados porque, por muito que me magoe lê-los, acredito e defendo a liberdade de expressão, e não quero, em qualquer circunstância, censurar opiniões alheias. Mesmo que me façam chorar em posição fetal num cantinho do meu quarto.

TIMIDEZ DIGITAL

No seguimento da selva que pode ser o espaço de comentários, justifico já eventuais faltas de resposta que possam surgir (ou tenham surgido nos entretantos). Se vou dizer que não li o comentário porque recebo centenas? Claro que não. Sou uma lástima, mas não sou mentirosa.

Na verdade, tenho alguma dificuldade em interagir com pessoas e parecer um ser humano normal. As minhas capacidades sociais não estão no seu melhor, e sinto-me mal ao dar uma resposta-tipo como "Obrigada, beijinhos" (especialmente porque não reflete a gratidão que tenho em saber que te deste ao trabalho de comentar o meu post). Por isso, entro num dilema interno e podem surgir momentos em que não responda ou o demore a fazer.

MOMENTO(S) "INFLUENCER DO DIA"

Outra das conclusões que tiro após 1 ano no ativo é sobre a efemeridade dos momentos a que eu gosto de chamar "Influencer do Dia". Traduzindo, estou a referir-me a quando vou parar aos destaques da plataforma. 

Saber que alguém da SAPO me encontrou, leu o que escrevi e gostou do conteúdo ao ponto de lhe dar um lugar ao sol ainda me deixa perplexa. Porém, notei que, por vezes, escrevia mais com o intuito de voltar a esse pódio do que para apenas expressar uma ideia ou contar uma história. Criei uma pressão parva sobre mim e sobre o que escrevia, deixando-me afetar pelas estatísticas. O que não faz sentido. Primeiro, porque este é um hobby e deve ser desfrutado como tal. Segundo, porque não quero ser escrava do algoritmo e deixar de ser quem sou. Muito poético, eu sei, mas é este o trabalho que tenho feito ao longo dos meses.

PEQUENA FAMÍLIA DIGITAL

Por último, e claramente não menos importante, comecei a sentir na pele a comunidade que ouvia tanto criador de conteúdo falar. Receber a notificação de um novo comentário, favorito e seguidor@ equivale a receber um novo amigo e, mesmo que não conheça como deve de ser quem me dá estes carinhos, cada um tem o poder de derreter o meu coração gelado. (O que significa que cada 'unsubscribe' que vejo me põe triste e a questionar a minha existência, mas prefiro acreditar que é a minha veia dramática a falar mais alto.)

E foi isto. Não achavas que ia ter imensas conclusões para partilhar contigo, pois não? Se o bebé ainda mal sabe falar, é normal que eu tenha pouco para escrever. Contudo, se há mensagem que quero mesmo frisar com o aniversário do blog é esta: obrigada por estares desse lado. Seja desde o dia 01 ou de outro qualquer, bem-vind@ à família <3

(Pronto, agora vou fazer um retiro espiritual em busca de novas ideias para os próximos tempos. Vemo-nos por aí!)

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Lástima

    05.07.21

    Muito muito obrigada! É tão bom ver esta família digital crescer
  • Comentar:

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