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Eu, Lástima

Rastos de opiniões, histórias e desabafos de uma lástima ambulante.

Eu, Lástima

Rastos de opiniões, histórias e desabafos de uma lástima ambulante.

O mundo é um lugar estranho, mas há medos que são mais

08.07.20, Lástima

Fobias. Todos temos. Umas são mais comuns, outras mais estranhas e há para todos os gostos. Hoje é disso que me apetece falar.

As fobias, de acordo com esta cabeça leiga, não passam de receios irracionais que não têm propriamente um motivo (pelo menos as mais estranhas). E é isso que torna toda esta coisa inquietante: o que raio se passará no meu subconsciente para ter um medo tão parolo? 

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Para muitos, as fobias controlam as suas vidas e têm de lidar com isso diariamente, o que é grave. Mas eu não estou aqui para falar de coisas graves. Estou aqui para gozar com fobias alheias e deixar-te gozar com a minha. Por isso, escolhi 3 fobias estranhas para rirmos juntos.

1. Onfalofobia - esta fobia é igualmente compreensível e estranha porque é sobre umbigos. Realmente um umbigo é um buraco que está na nossa barriga com zero utilidade, que consegue deitar uns cheiros bem estranhos e, nas piores das circunstâncias, ter cotão (desculpa se te deixei enojad@, mas é uma dura realidade). Por outro lado, ver barrigas sem umbigos também não me parece lá muito normal... Acho que não consigo dizer nada sobre este caso.

2. Hipopotomonstrosequipedaliofobia - achas que consegues adivinhar sobre o que é este palavrão? Ironicamente, é a fobia de palavras longas. Isto agora deixou-me a pensar: esse pessoal não deve curtir nada da piada da palavra mais longa do abecedário.

PS.: é "arroz", porque começa em A e acaba em Z.

3. Aulofobia - podia ser o medo de ir às aulas, mas na verdade é o medo de flautas. Isso mesmo, aqueles instrumentos nada irritantes que somos obrigados a tocar no básico. Se as aulas de Formação Musical já não eram suficientemente insuportáveis para a população geral, imagino para os aulofóbicos.

Agora chega a parte em que te conto a minha fobia. Quer dizer, a minha mais estranha, porque eu sou um paradoxo entre a coragem e o medo.

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Koumpounophobia. Já ouviste falar? Pois bem, este palavrão traduz-se para fobia a botões. Sim, aqueles da roupa super usuais que estão nas camisas, em algumas calças e nos olhos da Coraline. Esses mesmo.

Se eu sei por que é que tenho isso? Não. Só sei que me faz uma confusão tremenda tocar neles e vestir qualquer peça de roupa em que eles existam.

Agora imagina esta alminha a vestir o traje académico. Pois, não foi (nem é) um processo nada fácil. Quando o vesti pela primeira vez tive de respirar bem fundo e ter todo um ritual de preparação mental para esse momento. Vestir a camisa foi das sensações mais desconfortáveis que tive com peças de roupa - e estou a incluir todas as tristes vezes em que a minha mãe me obrigava a calçar mocassins. Depois chega a vez da saia, a peça que eu achava que só tinha um fecho. Pois bem, estava redondamente enganada porque lá estava um botão para me atormentar. Por fim, e o pior de todos, o casaco. Do traje, é a peça que me faz mais impressão. Não fosse suficiente ter os 3 botões da frente, tem ainda mais 3 em cada braço sem qualquer utilidade! Uma coisa é ter de lidar com um botão porque preciso, outra é ter de conviver com emplastros. Ainda por cima fazem questão de mostrar que só existem ali para me enervar - nunca me posso esquecer que os tenho vestidos porque, quando me esqueço, roçam nas minhas mãos e lá me vem um arrepio (lamento se isto foi demasiado gráfico). 

Enfim... Há quem diga que as fobias vêm de traumas, mas eu acho que nunca convivi com botões assassinos - e sim, eu já tinha este desgosto antes de ver o filme da Coraline. 

Acho que agora já percebeste por que é que sou uma lástima. (Se fosse só por ter medo de botões...). Por favor não me deixes sozinha nisto e conta-me a tua fobia mais peculiar. Fico à tua espera na secção de comentários ou no nosso Instagram para me fazeres sentir menos estranha por ser assim. Vemo-nos lá?

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