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Eu, Lástima

Rastos de opiniões, histórias e desabafos de uma lástima ambulante.

Eu, Lástima

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Podcast? Só no WhatsApp

05.05.21, Lástima

Acho que já deu para perceber que eu sou uma pessoa de letras. Na verdade, até tirei economia no secundário e gosto bastante de números, mas é notória a minha paixão pela escrita. Não obstante, deixo de ser tão sua fã no que toca a mensagens.

Oh sim, chegou a hora do tão esperado debate: mensagens escritas ou áudios? Não percas o próximo episódio! Que é como quem diz o parágrafo seguinte.

Já que abri as hostilidades, admito logo que a minha ordem preferencial de interações humanas à distância é 1. chamadas, 2. áudios e 3. mensagens escritas. No meu grupo de amigos não presentes na blogosfera, eu sou uma louca chata. E é mesmo para não me sentir sozinha que estou a contar contigo e com a tua compreensão. 

Sendo também a autoproclamada pessoa das listinhas, consegues assumir o que vem de seguida.

MENSAGENS

Vou começar com a parte boa - que não é muita. Apesar de não ser o meu método conversacional preferido, tenho consciência da sua praticidade, na medida em que pode ser feito em quase qualquer lugar ou contexto, dando para ler de forma subtil sem ser preciso prestar muita atenção aos detalhes.

Só que há um 'contra' que afeta - e muito - a minha vida pessoal. Espero que seja só um caso do meu telefone, mas o queriduxo é super sensível (mais que eu, só para teres um termo de comparação) e come certas letras, fazendo-me perder tempo a corrigir as palavras que inventa. O pesadelo de uma grammar nazi.

Ugh... até escrever sobre mensagens escritas é aborrecido. Só por isso vai mais 1 ponto para os áudios.

ÁUDIOS 

E já que estou numa de provar que ser #TeamÁudios é uma felicidade eterna, vou despachar a parte má o quanto antes. Contrastando com a vantagem do meio opositor, tenho consciência de que nem sempre podemos pegar no telemóvel e pô-lo ao ouvido para saber o que a outra pessoa disse. Nesse seguimento, requer muito mais atenção e temos de garantir que vamos ouvir a palestra do início ao fim sem interrupções, o que obriga a uma disponibilidade diferente.

Além disso, também corremos o risco de sofrer com a possibilidade de o botão não gravar, tendo de dizer tudo de novo, incluindo risos. Se pensar bem, até me ajuda a ser uma melhor atriz, por isso até que ponto este é um lado negativo?

confissões no whatsapp.jpg

Pronto, chegámos à parte boa. Para começar, os áudios aproximam as conversas, oferecendo uma sensação mais 'real', quase como se fosse uma chamada telefónica e conseguíssemos ouvir em direto as reações da outra pessoa. Ainda por cima, permite-nos conhecer o tom. E o tom, senhoras, senhores e pessoas não-binárias, ajuda a reduzir conflitos. Confessa aqui à querida: quantas vezes não te chateaste com alguém porque leste uma mensagem e interpretaste de forma diferente à intenção de quem a enviou? Eu sei, toquei na ferida.

No contexto das conversas, há pelos menos mais duas vantagens: é menos provável ler erros ortográficos (o que me descansa) e não dá para ter emojis. Sim, disse uma verdade básica e comum. Só que existe sempre aquele amigo que não sabe quando deve parar com a bonecada, e a troca de ideias apenas com voz poupa-me a esses momentos. Uma coisa é colocar um "😂" maroto de quando em vez. Mas não é preciso ter "😋👋🧠👓💄🌈🦋🍓" a acompanhar um simples "olá". Não é, Francisco.

Por fim, ignorando agora o segmento 'pessoas com iPhone', dá um pouquito mais de trabalho guardar vestígios e provas da nossa fofoquice, uma vez que não dá para tirar prints. Todos sabemos que quanto menor o rasto, melhor.

Isto agora foi quase uma tese de mestrado para abordar um assunto tão irrelevante. E chegou a hora da derradeira pergunta: estás de que lado da cerca? Conta-me tudo nos comentários (e já agora justifica, que a amiga gosta de ler).

 

Numa nota especial, queria agradecer à @rafaela.edb pela sugestão de tema. Vemo-nos no próximo post!

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