Truz-truz
Será que ainda sei fazer isto? Devo cumprimentar a blogosfera para ter alguma etiqueta ou finjo demência e escrevo como se nada fosse? Não sei. Só sei que tinha muitas saudades de vir aqui datilografar os meus pensamentos lastimosos - e aventuras, que neste hiato maroto surgiram algumas.
Para resumo rápido: acabei o mestrado (aplausos virtuais pelos meus muy trabalhosos 19 valores numa tese sobre K-Pop porque quis ser diferentona), demiti-me da agência onde trabalhava, chorei e vim para o universo encantado dos podcasts com uma assinatura de e-mail que nem te digo nem te conto. Em simultâneo, bastante turbulência pessoal causadora de devaneios profundos e mudanças radicais de vida. Vê lá: neste período até descolorei a nuca, qual baddie.
Passaram-se cerca de 2 anos de uma Lástima ausente, com uma crise existencial que passou para a crise do quarto de vida e obstáculos dignos da nova temporada dos "Morangos com Açúcar" que, como sabemos, não eram grande coisa. E agora cá estou. A tentar matar saudades da minha casa virtual, a tentar voltar a ser a escritora criativa que descobri que conseguia ser e, mais lamechas ainda, a tentar reencontrar o meu sentido crítico, cómico e destemido.
Não sei se é a depressão Martinho que deu o empurrão que precisava para passar da ideia ao teclado ou se tive uma qualquer epifania, mas cá ando. Sem planos nem estratégias, só opiniões e reflexões parvas. Ainda não sei o que te quero dizer, só sei que quero conversar. Acho que esta versão de Lástima 2.0 é mais feliz se as suas desventuras e desabafos forem partilhados. Mas tem de ser aqui. E tem de ser contigo.
Sim, não tenho grandes respostas. Mas tenho mais uma pergunta: ainda estás aí?